Tuesday 9 January 2018

9 de Janeiro de 2018

Nota do Editor 


Opa! Olá prezado leitor deste conteúdo. Espero não estar falando com meus próprios botões, pois as estatísticas me dizem que há uma certa frequência de acesso deste blog: Em regiões do Alaska, da Sibéria, alguns postos na Lituânia, Estônia, República Checa, e alguns lugares do Brasil. Enfim. 
Acredito definitivamente não estar falando com o editor de texto. E como esse tipo de gente que vem aqui ler as coisas volta com frequência, imagino que faz sentido o que estou falando. 
Uau que digressão! Depois de tanto tempo sem escrever acho que desaprendi o pouco que sabia. Não consigo escrever corretamente nem em português ultimamente, quiça inglês. A verdade é que um autor pode reavaliar seus objetivos como criador e como criatura. E tentar escrever um texto com sentido, com começo, meio e fim? Depois falamos disso. 
Já faz algum tempo que estou reavaliando minha postura ética dentro desse trabalho. E como o assunto chegou até o limiar da ética, queria novamente desdobrar outra digressão para falar o que penso a respeito dessa palavra, ética. 
É verdade que nos últimos anos aprendi muita coisa escrevendo. Contudo, nem sempre escrevi com ética. Muitas vezes usei este material para escrever textos com a clara intenção de ofender e humilhar outras pessoas. Porque estava magoado, como se isso pudesse justificar a irresponsabilidade textual. 
Sim, eu prometi a mim mesmo que iria estabelecer um compromisso com meus textos. E passei a estipular objetivos e metas a serem cumpridos. Ano passado não cumpri nem a metade das propostas de analisar a Eneida. Esse ano quero fazer diferente e melhor do que 2017.
Mas eu não posso simplesmente continuar. Pessoas ficaram ofendidas de verdade com coisas que eu andei escrevendo por aqui. E justamente. Acho possível também que esta ou mais pessoas nunca mais me perdoem nem queiram me ver pintado de ouro. Acho justo também. Mas independente da vontade de cada um, um autor que se propõe ser ético, e escrever com ética, não pode deixar o passado de lado.
Por isso peço desculpas a todos e todas que porventura tenham se ofendido com imagens, palavras, textos, insinuações, metáforas, apologias, crônicas de mau gosto, contos pérfidos e diálogos grotescos. Sinto muito mesmo e garanto que doravante esse tipo de situação constrangedora não irá afetar as pessoas vítimas do meu pretérito extremismo verbal.
Até porque para se escrever um texto, ética e extremismo verbal não combinam. Sei lá, é tipo ir pro cinema e comer churrasco de costela de porco ao invés de pipoca. Não vou implorar por perdão, mas seria bacana se a partir do momento em que eu reconheço meu erro e peço desculpas que uma aceitação fosse cabível. Eu espero, mas se não rolar tudo bem. Continuarei vivendo no mundo das punições perpétuas e tentando fazer meu melhor sem prejudicar ninguém. Porque foi bem feio o que eu fiz. 
Eu ainda sou muito jovem e estou em fase de aprendizado. E há alguns anos, eu não era jovem, era uma criança barbada com postura de revoltado. Eu fico envergonhado de olhar para trás e ver como eu era estúpido. Devo ser um tanto bruto ainda, apesar de me esforçar para tentar ser um humano mais digno. Eu fiquei com tanta vergonha pelas coisas que escrevi que pensei até em me matar. Mas sou covarde até pra esse tipo de coisa. Porque realmente, olha, eu não sei onde enfiar a cara. 
O que aprendi afinal? Aprendi que respeito e responsabilidade são as chaves para uma postura ética. E a ética é a chave para o sucesso em qualquer área. Dito isso, que fique claro que não pretendo jamais quebrar as regras do fair-play do mundo textual. De coração e alma, sinto muito. Agora vamos tratar de outros limites. 
Há limites e tem horas que qualquer um fica saturado. Recentemente uma amiga me disse que escrevo num tom muito "professoral". Eu gostei da crítica dela e daqui pra frente vou tentar escrever de um modo mais coloquial, sem aquela coisa toda do mundo acadêmico. Até porque eu nem sou um acadêmico. Há um limite para se escrever de tal e qual modo. Cansei de escrever daquele jeito, representando algo que eu estou longe de ser (um acadêmico). Escrever como se fala eis o ponto!
Era um preceito que eu já havia tentado aplicar mas de forma errada. Aquele do Cervantes, "Escribo como hablo", escrevo como eu falo, que é simplesmente incrível no Don Quixote, a fluência verbal da prosa desse livro parece com qualquer um falando coloquialmente nos dias de hoje, assim, coloquialmente com uma certa porcentagem de acertos gramaticais além daqueles esperados pela língua falada. (esqueci que havia falado disso no parágrafo anterior). 
Enfim. Enfim, enfim. Chega de enfins, porque agora é hora de colocar a mão na massa. Não tenho muitas ambições textuais para 2018 mas alguma coisa vai surgir assim, de improviso, algum texto curto tipo "O Cartaz" publicado ano passado, isso com certeza. Agora em relação aos épicos vou parar um tempo porque isso tem reduzido bastante a audiência. Acho que os clássicos não são tão agradáveis assim. E há limites...
Mas, todavia, contudo, embora, portanto, não obstante, hei de publicar agora lá pelo dia 24 de Janeiro de 2018 um pequeno ensaio sobre a obra "Cem anos de solidão" de Mario Vargas Llosa. Vai ser bem legal e eu vou discutir uma personagem bem bacana chamada "Remédios, a bela". E se possível tentar ver essa personagem a partir do escopo deste blog, que é Kalon Kakon. Não sei se fui bem claro no que eu queria dizer, mas em breve o texto estará disponível. O que eu quero dizer é, se a personagem "Remédios, a bela" se enquadra num esteriótipo literário de kalon kakonia, se é que essa palavra existe! 
Duas considerações antes de encerrar: Eu sei que o autor de "Cem anos de Solidão" é Gabriel García Marquez, só queria testar sua atenção como leitor. E outra é porque me perguntaram sobre o porque de postar as coisas sempre dia 24. Bem...
Eu vou explicar e espero não me embaraçar todo, e juntos, você comigo embaraçados. Não, é um assunto delicado que me deixa meio envergonhado também, mas a verdade é que eu sou meio místico e simbólico com números. Espera, acho que dia 24 de Janeiro de 2011 foi a data em que escrevi o primeiro texto (texto horrível, desprezível) desta espelunca. Não, desculpe, acho que foi outra data, a questão mesmo é que 2 + 4 = 6. Certo? Não sou bom em matemática, nunca é demais verificar...
Seis é o número do mês do meu aniversário que é em Junho. Pois é também é metade de 12 que são o número de meses no ano. Meia duzia, acho um número legal assim pra apostar na mega sena, em loteria, jogo do bicho. Enfim, talvez não exista uma explicação lógica para o fato deu preferir publicar textos nos dias vinte e quatros. Tá certo essa frase? São dias "vintes e quatros" ou "vinte quatros" ou ainda outra coisa? Estou aberto a ouvir correções, sugestões, desabafos, angústias e até ouvir ofensas em silêncio pois eu mereço me lascar um pouco na vida pra aprender a ser gente.

Obrigado pela sua atenção;


Carlos Henrique Barbosa
Autor, Editor, Revisor e Vagabundo Profissional 

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